quarta-feira, 4 de abril de 2007

AUDIÇÃO DIÁRIA: Dave brubeck



Amados,

A partir de hoje estaremos compartilhando com vocês, sempre que pudermos, o CD que estaremos ouvindo durante todo o dia aqui no BIOCENTRUM. Procuraremos fazer uma introdução a cada série, já que em minha vida procuro ouvir de forma sistemática a produção musical deixadas pelos compositores, arranjadores, músicos e cantores que beberam nas águas dos diferentes estilos de música contruidos durante toda a história dos homens sobre a Terra.

Concordamos com o que foi dito por Osho, de que "os primeiros músicos, os pioneiros, não estavam realmente tentando criar música. estavam tentando encontrar uma forma de transmitir o silêncio, a beleza, a calma, a suavidade que haviam sentido durante a meditação. Eles seguiram muitos caminhos. Na verdade, todas as artes possuem sua origem na meditação, mas a música é a que mais se aproxima, porque ela não é nada além de um jogo entre sons e silêncio. Para o músico comum, o som é importante. Para aquele que é um mestre em música é o silêncio que importa. Ele usa o som apenas para criar o silêncio. Eleva o som até a mais alta nota, depois deixa-o cair de forma tão súbita que você se vê imerso em profundo silêncio".
Osho







DAVE BRUBECK (pianista, compositor e band-leader), nascido em 1920 na califórnia, foi o nosso artista escolhido para trilharmos aqui os nossos primeiros momentos de prazer e alegria, contando um pouco do resultado gravado dos seus silêncios e notas



Dave Brubeck estudou piano, violoncelo e música clássica com o famoso compositor Darius Milhaud. Teve uma sólida formação erudita, mas passou a se interessar pelo jazz a partir dos anos quarenta. Seu primeiro conjunto foi um octeto experimental, seguido por um trio e um quarteto. Gravou seu primeiro disco em 1949 para a gravadora Fantasy, e começou a se apresentar nos circuitos universitários com seu quarteto com Paul Desmond no saxofone, começando a ganhar fama em 1952. O seu quarteto foi provavelmente um dos mais conhecidos combos de jazz entre os anos 50 e 60; o saxofonista Desmond, foi seu maior parceiro nesse período - era um grande solista e compositor, tocava no estilo cool, com poucas notas e no registro bem agudo e com uma extensão extremamente grande no seu sax alto. Alguns de seus solos contêm notas bem acima do registro normal do sax alto. Desmond foi o autor da composição mais famosa executada por Brubeck, “Take Five”.

Brubeck gravou em 1959 o disco “Time Out”, que vendeu mais de um milhão de cópias, tornando-se a maior marca conseguida por um músico de jazz, e foi capa da revista Time. Esse disco trouxe inovações rítmicas com a inserção de compassos pouco usados no Jazz como 5/4, 9/4 e 9/8, e tornou Brubeck um dos mais populares músicos de jazz dos anos cinquenta, com o grande sucesso comercial de “Take Five”

Em 1967 Desmond deixa o conjunto e é substituído pelo sax barítono de Gerry Mulligan. A partir de 1977, Brubeck começou a tocar com seus filhos, Chris (tuba e baixo), Darius (piano) e Danny (bateria), e posteriormente mudou várias vezes a formação de seu grupo.

Sua Música

Brubeck é um prolífico compositor, e a qualidade melódica de suas músicas e composições é inquestionável. O sucesso de Brubeck se deve à simplicidade e qualidade de suas composições e improvisos, sendo suas linhas muito mais fáceis de digerir do que as do Bebop. Apesar de ter estudado com o renomado compositor erudito Darius Milhaud, Brubeck não é e nunca foi um pianista clássico, e também evitou a concepção melódica e rítmica do Bebop.

Discografia Básica

· Jazz At Oberlin – Fantasy
Gravado ao vivo em 1953, contém os standards Perdido, Stardust e How High the Moon

· Jazz Goes to College – Columbia
Gravado em 1954 com BrubecK e Desmond em alguns dos seus melhores momentos, nas faixas “Out of Nowhere”, “The Song is You”, “Don’t Worry About Me” e “Le Souk”.

· Time Out – Columbia
Gravado em 1959, tornou-se o disco mais vendido e poular de Brubeck, com composições em vários compassos poucos usados no jazz, como 5/4, 9/8 e 9/4. Vale a pena conferir “Blue Rondo a la Turkey”, “Take Five” e “Three to Get Ready”.





Este álbum que escolhemos para iniciarmos a nossa viagem pela discografia de Dave Brubeck traz o registro de uma apresentação no Oberlin College, em 53 é considerado o mais representativo da carreira desta "lenda viva" do jazz. Vale a pena conferir as performances do piano de Brubeck e do sax alto de Desmond na belíssima canção "These Foolish Things".

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