quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A Christmas Carol - 1988 - Bill Murray Scrooged



LOS FANTASMAS ATACAN AL JEFE (SCROOGED)

Formato: Ambos

Un alto ejecutivo de una cadena de televisión es un déspota sin sentimientos. Cuando está a punto de llegar la Navidad, los Fantasmas de las Navidades Pasadas, Presentes y Futuras se le aparecerán para exponerle ante sí mismo y sus carencias afectivas...

Ficha Técnica

Director: Richard Donner / Productores: Richard Donner, Art Linson para Mirage/Paramount / Guión: Mitch Glazez y Michael O'Donoche, según la novela de Charles Dickens / Fotografía: Michael Chapman / Música: Danny Elfman / Efectos especiales: Thomas R. Burman (maquillajes / Intérpretes: Bill Murray (Francis Xavier Cross), Karen Allen (Claire Phillips), John Glover (Bryce Cummings), John Forsythe (Lew Hayward), Robert Mitchum (Preston Rhinelander), Bobcat Goldthwaite (Eliot Loudermilk), Carol Kane (Fantasma de las Navidades Presentes), David Johansen, Michael J. Pollard, Alfre Woodard, Buddy Hackett, John Houseman, Lee Majors... / Nacionalidad y año: USA 1988 / Duración y datos técnicos: 101 min. Color Scope.

Comentario

Esta película, dirigida por Donner entre las entregas primera (1987) y segunda (1989) del nefasto tríptico Arma letal (Lethal Weapon) puede suponer un auténtico despiste para el aficionado, aún con el talante fantástico de gran parte de su cine, donde cabe hallar X 15 (1961), La profecía (The Omen, 1976), Supermán (Superman, 1978), Lady Halcón (Ladyhawke, 1984), Los Goonies (Goonies, 1985) -si se considera fantástica por el elemento de tal índole eliminado del montaje definitivo, un pulpo gigante- y La fuerza de la ilusión (Radio Flyer, 1992), amén de la presente, desde luego. A mediados de 1989 nuestro realizador iniciaba la andadura de la magnífica serie Historias de la cripta (Tales from the Crypt) -en televisión, a inicios de su carrera profesional, ya había hecho ostentación de su interés por el género, como en la mítica serie Dimensión desconocida (Twilight Zone)-, y puede que por ahí haya de buscarse su propensión a efectuar una película fantástica de humor, si bien a lo largo de su carrera lo que ha quedado patente por encima de todo es su absoluta inadecuación para el género de la comedia.

Puesta al día del mítico clásico de Dickens, lo más llamativo de la película es la curiosa relación que aquí se establece entre el fondo y la forma. Dejando a un lado lo que supone de adaptación del referido libro, cuya magnificencia nunca puede ser eliminada del todo, Los fantasmas atacan al jefe -¿quién sería el genio que la bautizó así en España?- pretende ser una crítica a la televisión y su burda comercialización. Como tal, la película funciona bastante bien, y ofrece un guión inteligente y bien puntuado por diversos elementos que van confluyendo de manera diríase casual, pero que están desarrollados para derivar a un objetivo concreto. Lo curioso del caso es que, para efectuar esa crítica, Donner y sus guionistas se sirven de una burda comercialización del elemento que nos ofrecen; es decir, aquello que están criticando es el modo con el cual se nos presenta el producto, humor burdo, efectos especiales mastodónticos, sobresaturación en suma. Cabe también apuntar lo bien que está desarrollada la otra trama hacia la cual apunta el film, esto es, la relación entre Murray -más histriónico aún que en Los cazafantasmas- y Karen Allen -la chica de En busca del Arca perdida (Raiders of the Lost Ark, 1981), que aquí está absolutamente maravillosa-, que va intercalándose de forma ocasional en las otras tramas, desgranando una hermosa historia de amor con un poso amargo pero un deje de esperanza.

En definitiva, una película que podría haber resultado realmente buena destrozada por sus concesiones a la fácil comercialidad.

Anécdotas

* Otras adaptaciones del clásico de Dickens: Scrooge (1935), de Henry Edwards, con Seymour Hicks; A Christmas Carol (1938), de Edwin L. Marin, con Reginald Owen; Leyenda de Navidad (1947), de Manuel Tamayo, con Jesús Tordesillas; Scrooge [tv: Cuento de Navidad, 1951], de Brian Desmond Hurst, con Alastair Sim; Muchas gracias, Mr. Scrooge (Scrooge, 1970), de Ronald Neame, con Albert Finney; Cuentos de Navidad (A Christmas Carol, 1984), de Clive Donner, con George C. Scott; Los Teleñecos en Cuentos de Navidad (The Muppet in Christmas Carol, 1992), de Brian Henson, con Michael Caine... * En los Oscar de 1989 fue nominada por los maquillajes.

Bibliografía

Canción de Navidad, por Charles Dickens; traducción de Jesús Pardo. Barcelona: Destino, 1998. Grandes obras clásicas. Booket; 353. Traducción de: A Christmas Carol.

Carlos Díaz Maroto (Madrid. España)

Nome do arquivo: A Christmas Carol 1988 Bill Murray Scrooged.avi
Legenda: Scrooged_PT_25_FPS.srt

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Carta para Irmã Lúcia:



Querida Irmã Lúcia,

“Mudar, em Educação, não depende apenas de teorias revolucionárias ou da eficácia de novos métodos. Diferente de outros campos de atuação profissional, nenhuma transformação substantiva, nessa área, prescinde do envolvimento dos educadores. Por isso mesmo, toda mudança em Educação significa, antes de tudo, mudança de atitude.”
Sanny S. da Rosa

Mais uma vez vamos a nossa estante escolher um livro para você. Na verdade, é só uma desculpa para lembrarmos de uma pessoa que amamos e para quem olhamos tentando aprender acerca da coragem e da garra. É bom sabermos que você ainda faz perguntas sobre si mesma e sobre todas as outras coisas. É claro que sabemos que as perguntas acabam por tornar-nos ainda mais ininteligíveis como seres, porém como não faze-las sem correr os riscos da ignorância e do congelamento dos nossos corações, corpos e mentes?
Escolhemos esse pequeno livro que, pelo que vimos, animará você e continuará mostrando que no fundo não há a estória do saber mais ou menos. O que na verdade existe são “saberes diferentes” como diz o mestre Paulo Freire.
Vemos na nossa própria trajetória que a educação melhorou nossa natureza humana. Mesmo que isso não seja muito aceito por nós todo o tempo. Aqui incluímos todo tipo de educação, inclusive a que recebemos em escolas e universidades: locais que serviram de meios para obter educação.
Gostamos da frase de Ernest Renan:

“O essencial, com efeito, na educação, não é a doutrina ensinada, é o despertar”

Quando aproximamos dos nossos 50 anos – eu no próximo e Heloisa um ano depois -, estamos, cada vez mais, acreditando nessa coisa do “despertar”. É que somos socratianos a ponto de acharmos que todos os humanos devem querer um pouco mais de modéstia, de pudor, de amor, de moderação, de dedicação, de diligência, de justiça e de educação – aqui entendida em sua forma mais ampla e irrestrita. Lendo com Reich, acreditamos em alguma coisa que ainda chamamos de “caráter” – conceito “perigoso” quando utilizado de sua forma mais conservadora e mosaica.
Enquanto trabalhei em APAEs, em Escolas e Faculdades e mesmo o que ainda faço no consultório, sempre vi a educação como um processo social, como desenvolvimento. Gosto do quando leio o John Dewey falando que a educação não é preparação para vida, “é a própria vida”.
Logo, no seu caso, tudo será só re-descobrimento. É só você tirar de sua alma o que os escultores tiram das peças de mármore. Sei que faria uma pergunta para mim neste momento: e nossas raízes amargas? Eu diria para que você olhasse em sua volta e visse quantos frutos doces saíram de lá.
É claro que nos últimos dias nós fazemos uma educação mais consciente de nós próprios e daqueles que estão sobre o nosso cuidado. Assim deve ser, pois o cuidado que temos sobre qualquer “coisa” acaba por influir sobre a totalidade dessa “coisa”.
No seu caso, chegou a hora de você colocar a educação pública na berlinda. Essa sim não resolveu seu problema básico: o de não levar em conta o desenvolvimento do corpo e da inteligência ao apresentar seu leque de opções para os educandos.
Nas escolas mina irmã o que vimos confere a máxima de Voltaire:

“A educação desenvolve as faculdades, mas não as cria”

A educação de fato, é só olharmos para as nossas vidas, começa mesmo antes mesmo do nosso nascimento, antes de falarmos, antes de entendermos – ali já estávamos sendo instruídos, você não acha? Sou, sou de verdade um Rousseauniano!
Por isso não ganho tempo em minha vida, prefiro perde-lo falando todas essas “filosofias” para alguém que admiro e para quem “oro”, “medito” e “invoco as belezas da vida”, desde de Juiz de Fora ou do trailer, nosso local de Retiro em Ibitipoca.
É lá na serra que continuo meu processo de identificação da educação que veio de fora e é lá que continua a presentear a mim mesmo uma “outra” educação possível, essa sim, mais importante – uma educação com a meditação, uma educação que é oferecida a mim mesmo.
No fundo, o oceano que você agora está mergulhada com os seus cursos é profundo e imensurável. Aqui fico com a linda frase de Kantiana:

“É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.
Um beijo no seu coração!

Jak e Heloisa

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Antes idiota que infeliz!



by Arnaldo Jabor

' O Céu é para quem sonha grande, pensa grande, ama grande e tem a coragem
de viver pequeno... Isso é o Céu. '

Uma vez Renato Russo disse com uma
sabedoria ímpar:'Digam o que disserem, o mal do século é a solidão'.
Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra
notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.Baladas
recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e
transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e
saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram,
trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher
contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal
dance', incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil,
alguém dúvida?Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e
receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances
dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois
saber que vão 'apenas' dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que
perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não
interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos
desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão
simples que a cada dia fica tão distante de nós.Quem duvida do que estou
dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que
comunidades como: 'Quero um amor pra vida toda!', 'Eu sou pra casar!' até a
desesperançada 'Nasci pra ser sozinho!' Unindo milhares ou melhor milhões
de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos,
plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo,
retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais
sozinhos.Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário,
pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso
encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo
mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé,
brega.Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer
ridículos, abobalhados, e daí?Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague
mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou
mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai
embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje
por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a
oportunidade de um sorriso à dois. Quem disse que ser adulto é ser
ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não
pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um
homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma executiva de sucesso
que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é
continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o
nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos
ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os
dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho
certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'. Antes idiota que
infeliz!

E-mail para o amigo Josué:




Amigo Josué,



"A pior decisão é a indecisão." (Benjamin Franklin)



Ficamos muito felizes com a sua decisão .Como dizia o Henry Becque,

"A decisão é, freqüentemente, a arte de ser cruel a tempo."

Sabemos que uma hora ou outra você acabaria por ter um desses seus insight e com uma só decisão o seu destino estaria decidido. Uma decisão dessas suas, Heloisa tomará em novembro saindo de licença sem vencimento e esperando do lado de fora um Plano de Aposentadoria Incentivada ou simplesmente pagando o INSS até os seus 53 anos.

O que vocês estão fazendo e o que eu já fiz a muitos anos, parece revelar em nós um certo “espírito de maestria”. Isso é atuarmos como verdadeiramente somos. Isso é não querermos imitar ninguém.

"Onde há uma empresa de sucesso, alguém tomou alguma vez uma decisão valente." (Peter Drucker)

É isso aí, esse cara estava certo. Eu vejo grandeza nesta sua decisão. Grandezas dos homens em que suas decisões acabam sendo mais fortes que suas próprias condições humanas, como disse Camus.

Estamos acompanhando você já faz muito tempo. Você parece ser um seguidor de Harry Truman que disse:

"De cada vez que eu tomo uma decisão errada, tomo logo uma decisão nova."

Quando você embarca para Londres, eu decido morar em um trailer em Ibitipocae a Heloisa decide sair do Banco do Brasil – decisões tomadas e implementadas -, acaba por fornecer-nos uma sensação de que passamos a sentir que todas as coisas que até então estiveram em nossas mentes, já não são mais verdadeiras do que as ilusões dos nossos sonhos agora realizados.

"Nada é mais difícil, e por isso mais precioso, do que ser capaz de decidir." (Napoleão Bonaparte)

Alegra-nos abrir esse seu e-mail. Medimos essa sua decisão pelo simples fato de vê-lo tomar essa tão necessária atitude. Com a atitude, sabemos que você realmente decidiu pela vida.

Enquanto estivermos sem escolher por um caminho, isso indica que ainda não tínhamos tomado nenhuma decisão. Diríamos que você já tinha selecionado e formulado alternativas. Já tinha decidido o que fazer. Porém como disse Michael Dell

“O difícil é decidirmos o que não fazer”.

O seu e-mail, você deixa claro o que você não que mais fazer: isso é uma decisão.

Porém mano, não esqueça de cumprir em Londres as ordens de Plutarco:

"A decisão será melhor quando tiveres enchido a barriga."

Faça muita coisa por lá, encha a suas barrigas espiritual e intelectual! É claro que a sua decisão poderá causar desespero em muitos que aprenderam não esperar o bem. Porém não temas o mal, pois você acaba de decidir sobre quem você é e não só sobre o que deveria ser feito. Você verá a vida de modo novo.

Oramos daqui para que você saiba os eventos, as situações, as ocorrências e as oportunidades que acrescentarão mais vida dentro de sua v ida.

Os resultados serão de longo prazo, porém nunca você poderá colocar em dúvida o fato de ter usado do seu direito de decidir seu próprio destino.

"Geralmente erra mais quem decide cedo do que quem decide tarde; mas, depois de tomada a decisão, é necessário recuperar o atraso da sua execução." (Francesco Guicciardini)

Gosto de Bach quando disse que temos todo o direito de decidirmos ser até mesmo um idiota. O que é importante é

“Serei um idiota com acorde próprio”

Você pensou muitas vezes e acabou por decidir de uma só vez. Parabéns! Virão duvidas, porém serão dúvidas de uma pessoa forte que foi capaz de decidir. E nunca se esqueça que o Paulo Coelho estava inspirado quando disse que

"A decisão é uma forma de rezar."

Um beijo no seu coração e mande-nos notícias “do lado de lá”. Quem sabe não aproveitemos a sua permanência em Londres para passarmos um tempo mais perto da rainha?

Jak e Heloisa

Carta para Maria



Querida irmã Maria Helena,

"Os que sonham de dia são conscientes de muitas coisas que escapam aqueles que sonham apenas à noite." (Edgar A. Poe)
Concordo com Jeremy Irons quando nestes últimos dias volto a viver parte do meu tempo em Ibitipoca construindo mais um pedaço do meu sonho de criação de uma pequena Comunidade Intencional tendo o Osho como padrinho dos meus movimentos. O autor citado acima diz que todos nós temos nossas máquinas de tempo. Algumas nos levam de volta, elas são chamadas recordações. Algumas nos levam adiante, elas são chamadas sonhos.
Já tenho um pequeno trailer que me serve de casa, de gruta, de cova. Em um toldo fechado acoplado ao mesmo eu improvisei uma pequena oficina para construção das peças menores das obras – todas feitas por mim de forma bem alternativa e, sempre que possível -, com material encontrado no próprio terreno.
Em novembro/dezembro já devemos ter um banheiro externo pronto, podendo dessa forma receber os nossos “sócios afetivos” – os mesmos que nos acompanham como irmãos de uma mesma caminhada.
Digo para você, citando Antônio Machado, que continuo achando muito bom viver. Porém melhor ainda é sonhar. Claro que o melhor de tudo, já dizem os budistas, é despertar.Vejo que através dos sonhos que vou realizando durante esses meus quase 50 anos de existência, vou criando ilustrações para o livro que minha alma escreve sobre mim mesmo (Marsha Norman).
De uma coisa eu já estou certo, temos mesmo que sonhar antes que os nossos sonhos tornem-se reais. Veja os exemplos do Junior, do Lúcio, do Ícaro. E, por outro lado é mesmo a possibilidade de realizarmos sonhos que faz com nossas vidas sejam interessantes.
Dá para entendermos o que Martin Luther King quis dizer ao proferir as seguintes palavras:
"Sonho com o dia em que a justiça correrá como água e a retidão como um caudaloso rio."
Eu tenho visto que aqueles que são mais aptos na arte de sonhar acabam peritos também na arte de realizar sonhos. Durante muitos anos de minha vida fui conduzido pelos meus sintomas, pelos meus problemas. Porém nas últimas duas décadas de minha vida têm sido conduzidas pelos meus sonhos. Concordo com o Osho quando diz que a vida não tem um objetivo. Mas nós humanos precisamos seguir nossos sonhos. Com meus sonhos crio o meu presente e o meu futuro.
“Utopia hoje, carne e osso amanhã” (Vitor Hugo)
"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Más há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado. (William Shakespeare)
Pois é minha irmã, como dizem os mineiros, fico por aqui aguardando suas lindas mensagens, sua visita, suas orações, noticias dos seus movimentos de mulher, mãe, filha e ser que leva uma vida forte justamente por sonhar. Porém já dizia Débora Bötcher:
"Quem disse que o preço dos sonhos é baixo?"
Que você continue acreditando nas belezas dos seus sonhos. Já que sonhar é algo perigoso, devemos seguir o conselho de Marcel Proust, sonhando mais ainda.
Um forte abraço,

Jak e Heloisa

quarta-feira, 23 de maio de 2007

RESPOSTAS ÀS SUAS PERGUNTAS....




Liberdade De e Liberdade Para


Se eu fosse resumir sua abordagem da ecologia emocional, estaria correto dizer que é liberdade de repressão?



Você estaria absolutamente correto. Mas apenas negativamente. Ficar livre das repressões é a parte negativa, e expressar o oculto, o potencial, aquilo que você deve ser, é a parte positiva. Mas você está certo, porque o negativo vem primeiro. A menos que você esteja livre da repressão, você não será capaz de se expressar; você não será capaz de realizar o seu potencial.

A sociedade existe as custas do indivíduo. Ela tem existido dessa maneira até agora. Não é permitida liberdade total ao individuo para ele se expressar. Através dessa repressão, a sociedade cria uma imagem pela qual você pode ser explorado.

Por exemplo, se os indivíduos se tornarem totalmente expressivos, não haverá nenhuma guerra no mundo. É impossível. Mas se você reprimir o individuo, então a energia reprimida fica lá e pode usada para a violência. Toda a política e toda a história do homem depende da guerra. Toda a sociedade tem estado baseada na guerra, mas a guerra só é possível se não for permitido ao individuo liberdade de expressão.

Essa energia reprimida tem sido usada por muitas razões, por muitas causas, para muitos propósitos: para a guerra, para a política, para a exploração. Sou contra toda a repressão. Sou pelo crescimento natural.

Não sou contra disciplina; sou contra a repressão. Disciplina é algo criativo. Não é nunca contra alguma coisa; é sempre por alguma coisa. Por exemplo, sou pela disciplina da energia sexual, não pela repressão dela. A energia tem que ser permitida mover-se numa direção criativa. Ela não deve ser reprimida. Se ela for reprimida, se torna pervertida. Você se torna menos que natural.

Expressão significa que você tem que se tornar mais do que natural. Se você não puder ser mais do que natural, então é melhor ser natural do que ser perverso. Toda a cultura que tem existido por todo o mundo é uma cultura pervertida.

Eis porque raramente acontece o nascimento de um Buda ou de um Jesus. Do contrario, Buda e Jesus seriam algo normal. Eles não seriam tão excepcionais. Se toda a sociedade fosse criativa ao invés de repressiva, então não ser um Buda seria a exceção. Ser um Buda seria uma coisa normal, natural.



Osho, Extraído de: The Eternal Quest

AUDIÇÃO DIÁRIA: Dave Brubeck



Points on Jazz

Points on Jazz is, as the title might suggest, the suite that is closest to Brubeck's jazz world. All of the compositions Salmon plays have a folksy charm in the tradition of Gershwin and Copland. They frequently, as in "Dad Plays the Harmonica," have something of the rhythmic ingenuity that Brubeck is famous for. Still, this disc adds to our knowledge of Brubeck's musical personality. There's an unadorned wistfulness in many of these pieces that I rarely hear in the jazz Brubeck, or in the early octets and other chamber "jazz" that he wrote under the combined influence of Milhaud and of postwar modern jazz. "A la Turk" sounds like a preliminary version of what in the quartet recordings has always been called Blue Rondo à la Turk. It begins with a furious rhythmic pattern jazz fans will recognize immediately. But the melody is subtly different: it sounds to my ears Spanish, and whereas the jazz piece leads to an obviously funky blues section, this version leads to a swirling left-hand pattern and a gently nostalgic restatement of the theme. I've never heard in Brubeck's live performances anything like the elaborate humor of They All Sang Yankee Doodle, with its Ivesian quotations of folk material. All of this music is appealing, and it is well played by John Salmon, who seems as home with the jazzy Brubeck moments as with the Ivesian. I'd recommend this disc to anyone who likes, say, Ives's symphonies, Gershwin's Preludes, or Copland's ballets.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

TEXTOS SELECIONADOS: Psicologia do Esotérico






By Osho

Psicologia do Esotérico
Por favor, diga-nos algo a respeito das tensões e relaxamento dos sete corpos.

A fonte original de toda tensão é tornar-se. A pessoa está sempre tentando ser alguma coisa; ninguém está à vontade consigo mesmo como a pessoa é. O ser não é aceito, o ser é negado, algo mais é tido como um ideal para vir a ser. Assim a tensão básica está sempre entre aquilo que você é e aquilo que você deseja vir a ser.

Você deseja tornar-se alguma coisa. Tensão significa que você não está satisfeito com o que você é, e você anseia por ser o que você não é. Tensão é criada entre esses dois. O que você deseja vir a ser é irrelevante. Se você deseja tornar-se rico, famoso, poderoso, ou mesmo que você deseje ser livre, liberado, divino, imortal, mesmo que você anseie por salvação, moksha, também assim a tensão estará presente.

Qualquer coisa que seja desejado como algo a ser realizado no futuro, contra você como você é, gera tensão. Quanto mais impossível for o ideal, a tensão está fadada a ser maior.
Portanto, uma pessoa que seja materialista é geralmente não tão tensa assim como aquele que é religioso, pois a pessoa religiosa está ansiando pelo impossível, pelo longínquo. A distância é tão grande que somente uma grande tensão pode preencher o intervalo.

Tensão significa um intervalo entre o que você é e o que você quer ser. Se o intervalo for grande, a tensão será grande. Se o espaço for pequeno, a tensão será pequena. E se não houver absolutamente nenhum intervalo, isso quer dizer que você está satisfeito com o que você é. Em outras palavras, você não anseia ser alguma outra coisa além daquilo que você é. Dessa forma sua mente existe no momento. Não há nada com o que ficar tenso, você está à vontade consigo mesmo. Você está no Tao. Para mim, se não houver nenhum intervalo, você é religioso; você está no dharma.

O intervalo pode ter muitas camadas. Se o anseio for físico, a tensão será física. Quando você busca um corpo particular, uma forma particular – se você deseja alguma outra coisa além do que você é no nível físico – então há tensão no seu corpo físico. A pessoa deseja ser mais bonita. Agora seu corpo fica tenso. Essa tensão começa no seu primeiro corpo, o fisiológico, mas se isso for insistente, constante, isso pode aprofundar-se e espalhar-se para as outras camadas de seu ser.

Se você tiver um tipo particular de mente e você quiser mudá-la, transformá-la – se você quiser ser mais sabido, mais inteligente – desse modo a tensão é criada. Só quando aceitamos totalmente a nós mesmos não nenhuma tensão. Essa aceitação total é o milagre, o único milagre. Encontrar uma pessoa que tenha aceito a si mesma totalmente é a única coisa surpreendente.

Existência em si mesma é não-tensa. Tensão é sempre devido a possibilidades não-existenciais, hipotéticas. No presente não há qualquer tensão; a tensão é sempre orientada para o futuro. Ela procede da imaginação. Você pode imaginar a si mesmo como alguma outra coisa além do que você é. Esse potencial que tem sido imaginado irá gerar tensão.

Assim quanto mais imaginativa a pessoa for, maior a possibilidade de tensão. Dessa forma a imaginação torna-se destrutiva. Imaginação também pode tornar-se construtiva, criativa. Se toda sua capacidade de imaginar estiver focalizada no presente, no momento, não no futuro, assim você pode começar a ver sua existência como poesia. Sua imaginação não estará criando um desejo; ela estará sendo usada no viver. Esse viver no presente está além da tensão.

Os animais não são tensos, as árvores não são tensas pois elas não possuem a capacidade de imaginar. Elas estão abaixo da tensão, não além dela. A tensão delas é somente uma potencialidade; não se tornou real. Elas estão evoluindo. Um momento chegará quando a tensão irá explodir no ser delas e elas começarão a ansiar pelo futuro. Isso está fadado a acontecer. A imaginação torna-se ativa. A primeira coisa sobre a qual a imaginação torna-se ativa é o futuro. Você cria imagens e devido a que não há nenhuma realidade correspondente, você prossegue criando mais e mais imagens. Mas no que se refere ao presente, você não pode ordinariamente conceber da imaginação em relação a isso. Como é que você pode ser imaginativo no presente? Parece não haver nenhuma necessidade disso. Esse ponto precisa ser compreendido.
Osho, Psicologia do Esotérico

AUDIÇÃO DIÁRIA: Dave Brubeck



db - Young Lions and Old Tigers

Notes

An album with lots of special guest performers. Recorded 29 June 1994 in Connecticut and 3 March 1995, 6-7 June 1995 in NYC. Released 1995 to celebrate DB's 75th birthday.
Label and catalogue number

* Telarc Jazz CD 83349

Personnel

* Dave Brubeck (piano)
* Jack Six (bass)
* Chris Brubeck (elec bass)
* Randy Jones (drums)
* plus special guests

Tracks

* Roy Hargrove (Roy Hargrove, trumpet) 5'26"
* How high the moon (Jon Hendricks, vocals) 2'32"
* Michael Brecker Waltz (Michael Brecker, tenor sax) 4'54"
* Here Comes McBride (Christian McBride, bass) 3'24"
* Joe Lovano Tango (Joe Lovano, tenor sax) 3'49"
* In your own sweet way (George Shearing, piano) 7'49"
* Joshua Redman (Joshua Redman, tenor sax) 6'18"
* Together (Gerry Mulligan, baritone sax) 5'40"
* Moody (James Moody, tenor sax) 6'56"
* Gerry-Go-Round (Gerry Mulligan, baritone sax) 4'42"
* Ronnie Buttacavoli (Ronnie Buttacavoli, flugelhorn) 6'39"
* Deep in a Dream (solo Brubeck) 4'40"

quarta-feira, 9 de maio de 2007

1000 LUGARES PARA VISITAR ANTES DE MORRER: Recife





A cidade foi fundada pelos portugueses em 1537 e permaneceu portuguesa até a independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa no SéculoXVII, entre 1630 e 1654, a maior parte do tempo sob o governo de Maurício de Nassau ('Mauritsstad'). A aldeia foi elevada a vila e conselho com o nome de Santo Antônio das Cacimbas do Recife do Porto em 1709, e tornou-se cidade em 1823. Durante os anos anteriores à invasão da Companhia das Índias Ocidentais, o povoado do Recife existiuu apenas em função do porto e à sombra da sede Olinda, local que a aristocracia escolheu para residir devido à sua localização previamente fortificada, segundo a concepção portuguesa. Por isso mesmo, ergueram-se fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do porto do Recife, todas elas voltadas para o mar. Conclui-se, dessa forma, que os nativos não representavam ameaça maior aos colonos. Os temores voltavam-se para o oceano por conta dos constantes ataques ao litoral da América Portuguesa pela navegação de corso e pirataria. Ainda no final do século XVI o "povo dos arrecifes" foi atacado e saqueado pelo pirata inglês James Lancaster, que, com três navios, derrota a pequena guarnição responsável pela defesa do porto, a qual contava com apenas sete peças de artilharia forjadas em bronze. Entre os anos de 1520 e 1526 o então governador Matias de Albuquerque procura estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse evitar outro ataque como aquele, bem como dissuadir a Companhia das Índias Ocidentais da idéia empreendida na Bahia em 1524.

Mauritsstad, Mauritiópolis ou 'Mauricéia foi a capital do Brasil holandês e fica onde hoje é a cidade do Recife, e foi governada na maior parte do tempo pelo conde alemão (a serviço da Coroa dos Países Baixos) Maurício de Nassau (em alemão Johann Moritz von Nassau-Siegen; em neerlandês Johan Maurits van Nassau-Siegen). Foi a maior metrópole da América do Sul no século XVII, e durante o governo nassoviano contou com a segunda melhor malha viária das Américas, perdendo apenas para a Filadélfia.

Recife, a Mauritstaad
Vista da Cidade Maurícia (Recife) Gravura em água forte, 38 x 50 cm, de Pieter Schenck, baseada em desenho de Frans Post, 1645, para o livro Rerum in Brasilia et alibi gestarum de Caspar Barlaeus. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro.
Vista da Cidade Maurícia (Recife) Gravura em água forte, 38 x 50 cm, de Pieter Schenck, baseada em desenho de Frans Post, 1645, para o livro Rerum in Brasilia et alibi gestarum de Caspar Barlaeus. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro.

Desembarcando na Nieuw Holland, a Nova Holanda (o Nordeste do Brasil) acompanhado com uma equipe de arquitetos e engenheiros, o conde foi fundo na construção da Mauristaad, a cidade Maurícia. Célebres por aplacar as tiranias do Mar do Norte, os técnicos de Nassau, "arquitetos da cultura", devem ter achado bem mais fácil domar os desatinos do rio Capibaribe e secar os mangues e os pântanos circunvizinhos à minúscula Recife de então. Foi deles o projeto de dotar a cidade de pontes, diques e canais que permitiram-na defender-se das águas desordeiras que a cercavam.

A intenção dele era fazê-la estupenda, a capital do império holandês das Américas (composto então por uma cadeia de fortalezas que iam do Forte Schoonenburg, no Ceará, até o Forte Maurits, na embocadura do rio São Francisco, ao sul de Alagoas, uns 1500 km mais ao sul). E isso sem mencionar os seus domínios africanos que englobavam uma série de feitorias na Guiné e Angola situadas no outro lado do Atlântico. Controlando diretamente o açúcar simultaneamente às bocas do tráfico negreiro, o "ouro doce" ficava inteiramente nas mãos da WIC (West Indische Compagnie), a grande empresa holandesa daqueles tempos, a quem ele representava como General-governeur (de 1637 a 1644).

Tolerância e curiosidade

Enquanto na Europa monarcas católicos e protestantes se enfezavam na terrível Guerra dos Trinta Anos ( 1618-1648), João Maurício, principe partidário da tolerância, criou em Pernambuco o único espaço em que, de veras, se permitiu a liberdade religiosa, autorizando o funcionamento das igrejas católicas e da sinagoga judaica ( aberta em 1642, a primeira da América do Sul), num raro convívio harmônico com os templos calvinistas.

De fato, ele não era apenas um narcisista. Era um humanista renascentista, um entusiasta da ciência e das belas artes. Ao embarcar para o Brasil, em outubro de 1636, na frota não vieram apenas soldados, mas por igual, seguindo as pegadas de Alexandre o Grande na Ásia, trouxe uma plêiade de naturalistas e pintores. Com eles fazia suas caminhadas pelo litoral e pelo sertão de Pernambuco para satisfazer sua imensa curiosidade pelo país recém conquistado.

Enquanto Frans Post e Albert Eckhout imprimiam em telas memoráveis as paisagens e os "exóticos" habitantes da província açucareira, usando na composição delas o que havia de melhor e mais avançado entre os equipamentos de observação da época ( são os únicos testemunhos pictóricos do Brasil do século XVII), dois outros homens de ciência, o médico Willem Piso e o naturalista alemão Georges Marggraf, lançaram-se no estudo da farmacopéia local, das doenças tropicais, da fauna e da flora de um modo geral. Enquanto isso, o arquiteto Piter Post, irmão de Frans, erguia à sombra da floresta, o estupendo palácio de Freeburg, sede do poder de Nassau na Nova Holanda e também o prédio do observatório astronômico, tido como o primeiro do Novo Mundo.


Na galeria de arte
Anos depois, já de volta à Holanda, o dr. Piso publicaria a monumental História Naturalis Brasiliae, em 1648. Obra que, mais tarde, inspirou as atividades dos naturalistas Alexander von Humbold e Geoffrey Saint-Hilaire. A expedição cientifica de Nassau, que encerrou-se com a volta dele para a Holanda em 1644, depois dele ter-se desentendido com a Companhia, foi a única que o Brasil até então conhecera. Organizou então um livro que registrasse os seus profícuos anos que passou no Brasil, contando para tanto com a colaboração de Gaspar Barléu, autor da "Rerum per octenium in Brasilia..." editado em 1647. Outra expedição científica de igual importância somente deu-se com a chegada da Missão Francesa, em 1819, nos tempos de D. João VI, 175 anos depois!

Residindo por fim em Haia, João Maurício, que no seu diário deixou páginas de embevecimento com os anos estimulantes e produtivos que passou no Brasil, tornou a sede do Stadhouder, o palácio do governo holandês, no Mauritshuis, uma galeria de arte. Conviveu lá com as obras-primas de Vermeer, de Rembrandt, de Frans Hals, e de tantos outros gênios seus contemporâneos. Há pouco, no 17 de junho passado, três cidades celebraram os 400 anos do nascimento dele, ocorrido em 1604: Dillenburg, na Alemanha, sua cidade natal; Recife, no Brasil, que ele transformou; e Haia, na Holanda, onde ele administrou. Para muitos, que denominaram a administração Nassau como "parênteses luminoso", foi um dos poucos governos sérios que o Brasil teve nos seus três séculos de colônia dos europeus(*)


(*) "o tempo dos flamengos", registrou Gilberto Freyre, "de que ainda hoje o povo fala para explicar o excepcional, o extraordinário, o maravilhoso, o quase diabólico de algum resto de obra de engenharia ou de arte que lhe pareça superior â capacidade técnica do português ou do caboclo da terra" (Sobrados e Mocambos, tomo I, 7ª ed. 1985, pag. 6)

RESPOSTAS ÀS SUAS PERGUNTAS...


Sinto que algo está faltando...


Osho,
Por que eu estou sentindo que alguma coisa está faltando? Que eu deveria ser algo a mais?
Por favor, ajude-me a deixar essa besteira de lado.

“Dhyana Yogi,
Se isto é uma besteira, se você verdadeiramente tem a compreensão de que isto é uma besteira, então não há porque pedir ajuda para deixar isto de lado. Reconhecer isto como besteira já significa deixar de lado.
Mas parece que você me ouviu dizer que isto é besteira. Isto se tornou uma crença para você; não é o seu próprio saber, não é a sua própria experiência. Você ainda está apegada àquilo. Bem no fundo você ainda acha que aquilo é precioso, que não é besteira. Bem no fundo você acha que tudo aquilo são diamantes e não seixos. Bem no fundo, em algum lugar, você ainda acredita que é um tesouro para ser protegido e guardado.
Não comece a acreditar em mim, porque isto não mudará coisa alguma. Você esteve acreditando em Maomé, esteve acreditando em Cristo, ou em Buda, e depois você veio aqui e começou a acreditar em mim. Isto não é uma revolução, não é uma conversão. Você está apenas mudando o objeto de sua crença, mas a crença continua – a mesma mente acreditadora. Você acredita em Jesus, mas ele fala a linguagem de dois mil anos atrás. Muita coisa não faz muito sentido para você. Já se perdeu o contexto no qual aquelas palavras eram relevantes.
Eu falo a linguagem do século vinte. E isto faz sentido para você, por isto você deleta a sua crença em Jesus e começa a acreditar em mim. Isto é um simplismo sem valor.
Eu não estou dizendo para acreditar em mim. O que eu digo é: abandone todas as crenças e comece a ver, porque a crença irá mantê-la cega. Comece a ver! É realmente uma besteira o que você está carregando? É sua a compreensão de que isto é besteira? Então você não precisa perguntar como deixar isto de lado. Ninguém pergunta como se livrar de um lixo.
O problema surge apenas porque no fundo você conhece aquilo como sendo ouro. E alguém disse que é lixo; e disse de maneira tão convincente que você não conseguiu contestar e ele calou você. Esse homem tem tanta autencidade e integridade que na sua presença você se torna simplesmente sufocada com o seu ser. E daí você começa a dizer, ‘Sim, isto é um lixo’. Mas no fundo você ainda acha que aquilo é ouro, não é um lixo. Por isto surge o problema: como se livrar daquilo?
Se você compreender por si mesma que aquilo é uma besteira, nunca irá perguntar como se livrar daquilo. Ver aquilo como besteira já é se livrar, saber que aquilo é uma besteira já significa deixar de lado. O lixo não está agarrado em você. É você que está agarrada nele. O lixo não se importa com você, ele não se interessa por você. Se você abandoná-lo, ele não irá fazer muito barulho por isto, nem vai perguntar, ‘Por que você está me abandonando?’ Ele não dirá palavra alguma e não irá lhe criar problema algum. Ele não a levará ao tribunal. Você não terá que enfrentar um processo de divórcio. Se você abandonar o lixo, ele irá se sentir muito mais feliz do que agora. Ele terá terminado com você e estará livre. Ele já deve estar cansado de você. É você que está agarrada a ele. Por que você está agarrada a ele? Por que alguém se agarra a alguma coisa? Porque no fundo ele continua acreditando que aquilo é algo precioso.

Dhyana Yogi, você diz:
Por que eu estou sentindo que alguma coisa está faltando?

É porque desde a sua infância lhe foi dito que você, em si mesma, é intrinsecamente inútil. Do jeito que você é, não tem valor algum. O valor tem que ser obtido, o mérito tem que ser evidenciado. Desde o início de sua infância, isto lhe foi ensinado milhões de vezes. Os pais, os professores, os sacerdotes, os políticos, todos eles conspiram secretamente para destruir a criança. E a melhor maneira de destruir uma criança é destruindo a sua crença em si mesma.
Para destruir a crença dentro de uma criança, você tem que lhe provar que o valor não é algo dado pela natureza, mas sim que deve ser conquistado na vida. E você pode perdê-lo, a não ser que você trabalhe, seja muito ambicioso, lute com os outros... E para alcançar esse valor tem que lutar, olho por olho, dente por dente, tem que pisar na garganta do outro. Você foi condicionado a ser violento, ambicioso e cheio de desejos: para ter mais dinheiro, mais poder e mais prestígio.
A sua pergunta surgiu porque lhe foi dito que intrinsicamente você não tinha valor algum. Mas eu digo que vocês são intrinsicamente valiosos, que vocês nasceram como Budas. Vocês estão completamente inconscientes da realidade de seus próprios seres, mas vocês são deuses escondidos. A pergunta surge porque o que estou dizendo é totalmente diferente daquilo que lhes foi ensinado. Eu lhes digo que vocês são Budas – neste exato momento vocês são Budas! – mas, todo treinamento, ensinamento e condicionamento é: ‘Como você pode ser um Buda exatamente agora? Amanhã talvez, um dia certamente, em alguma vida futura pode acontecer... Mas, exatamente agora?’ Parece ser impossível.
Você acreditou demasiadamente em seus pais, em seus professores, seus políticos e sacerdotes, e em tudo o que eles lhe disseram. E você guardou aquilo. É lixo, mas você tem carregado esse lixo por tanto tempo que abandoná-lo de repente parece ser impossível. Por tanto tempo você permaneceu agarrada àquilo, pensando que era belo, precioso e nutritivo. Agora eu digo. ‘Tudo isto é tolice! Abandone isto e simplesmente seja um Buda, a partir deste exato momento! Não é uma questão de se alcançar, é apenas uma questão de se tornar consciente. É apenas uma questão de se tornar consciente, alerta e desperto. A questão não é alcançar.’
Assim, quando você me escuta, uma parte de sua mente diz, ‘Sim, Osho deve estar certo!’ Uma parte sua acena com a cabeça dizendo sim, pois o que está sendo dito é simplesmente a verdade da vida, embora todo o seu treinamento seja contra isto. Quando você se afasta de mim, a mente salta de novo sobre você com vingança. E naturalmente ela é poderosa. E, por ser tão poderosa, ela destrói a sua inteligência.

A inteligência nada tem a ver com a mente. Inteligência tem algo a ver com o coração. É a qualidade do coração. Intelectualidade é qualidade da cabeça. O intelectual não é necessariamente uma pessoa inteligente. E uma pessoa inteligente não é necessariamente intelectual.
O seu intelecto está cheio de lixo e eu estou tentando despertar a sua inteligência. Toda a sociedade tentou fazê-lo inconsciente de sua inteligência. A sociedade é contra a sua inteligência. Ela quer que você seja medíocre, porque somente os medíocres podem ser bons escravos. Ela quer você sem inteligência e estúpido, porque somente as pessoas estúpidas podem ser dominadas.
E as pessoas estúpidas são obedientes, nunca são rebeldes. Pessoas estúpidas simplesmente vegetam. Elas nunca se esforçam para otimizar suas vidas. Elas nunca acendem as tochas de suas vidas, elas não têm intensidade. A estupidez é obediente e a obediência cria estupidez.(...)

A sociedade quer que você seja estúpida. As pessoas estúpidas são boas pessoas. Elas sempre permanecem com o status quo, elas nunca vão contra ele. Ainda que elas estejam vendo a podridão das coisas, elas fecham seus olhos ou estão sempre prontas para aceitar qualquer explicação estúpida.
Por exemplo, este país tem sido pobre há séculos, faminto e sofredor. Mas, porque as pessoas são religiosas, obedientes e estúpidas, lhes são dadas explicações de todo tipo e elas aceitam. Alguns acreditam que Deus os fez pobres porque a pobreza é alguma coisa muito piedosa. Eles veneram a pobreza; na Índia a pobreza é venerada. Se você renunciar às suas riquezas e tornar-se um faquir nu, milhões de pessoas irão pensar que você é um sábio. Você pode ser apenas um estúpido, mas porque renunciou às riquezas, você tornou-se um grande sábio. Eu tenho visto muitos sábios estúpidos.
Agora, isto é uma contradição em termos. Como pode uma pessoa estúpida ser um sábio? Um sábio tem que ter sabedoria! Mas é muito difícil neste mundo ser sábio e ser venerado. As pessoas sábias têm sido assassinadas, crucificadas, envenenadas. E as pessoas estúpidas têm sido veneradas. Pessoas estúpidas simplesmente seguem o que a sociedade diz, o que a sociedade quer que elas façam. E elas fazem, simplesmente.
Gandhi costumava chamar as pessoas pobres daridra narayana – o pobre é divino. A pobreza é divina! As pessoas pobres são deuses! Se isto fosse verdade, então quem não iria querer ser pobre? Se os pobres são deuses? Quem não gostaria de ser deus?
E então surge uma outra explicação: você é pobre porque em suas vidas passadas cometeu pecados. Essa outra explicação deve ter sido inventada por quem não acredita em Deus. Os jainas e os budistas não acreditam em Deus, assim você não pode lhes atribuir a primeira explicação. Eles precisam de outra explicação: a teoria do karma. Mas o propósito é o mesmo!
Nesta teoria, se você tiver cometido pecados em sua vida passada, é melhor você colocar um fim nesse karma. Aceite a pobreza e entre nela sem qualquer resistência. Se você criar alguma resistência, então você estará criando novamente karma ruim e você sofrerá na sua vida futura. Chega, já é o bastante! Termine agora com esta coisa toda; sofra este momento contentemente. Assim, as pessoas têm se tornado vacas e búfalos; contentemente elas estão sofrendo, sem resistência e sem rebelião.
A sociedade quer que você seja estúpida, não inteligente. A inteligência é perigosa. Inteligência significa que você começa a pensar por si mesma, você começa olhar ao redor de si mesma. Você não acreditará nas escrituras, você acreditará somente na sua própria experiência.
Dhyana Yogi, por favor não acredite no que eu digo. Experimente, medite, experiencie! A não ser que isto se torne a sua própria compreensão, nada irá ajudá-la.

Você me pergunta:
Por que eu estou sentindo que alguma coisa está faltando?

Porque sempre lhe foi dito que você tem que encontrar alguma coisa. E você não está encontrando. Por isto surge a sensação de que algo está faltando. Eu estou lhe dizendo que antes de tudo você nada perdeu. Por favor, pare de tentar encontrar, pare de buscar e procurar. Você já tem! Tudo o que é preciso você já tem. Simplesmente olhe para dentro e você encontrará tesouros infinitos e inesgotáveis de alegria, amor e êxtase.
Nada estará faltando se você olhar para dentro, mas se você continuar procurando do lado de fora, você se sentirá mais e mais frustrada. E na medida em que você ficar mais velha, naturalmente, irá sentir que sua vida está escorregando de suas mãos e que você ainda não encontrou. E toda a ironia é que, antes de tudo, você nada perdeu! Aquilo sempre esteve dentro de você, neste momento está dentro de você.
Mas não acredite em mim. Eu não estou aqui para criar crentes. Eu estou aqui para ajudá-la a experienciar. No momento em que a verdade se torna sua experiência, ela liberta. A verdade liberta, diz Jesus – não a crença, mas a verdade.
Mas a minha verdade não pode ser a sua verdade. A minha verdade será a sua crença. Somente a sua verdade pode ser verdadeira para você. A verdade certamente liberta, mas eu acrescento que a verdade tem que ser a sua verdade. A verdade de nenhuma outra pessoa pode libertar você. A verdade de outra pessoa se tornará apenas um aprisionamento.
Dhyana Yogi, nada está lhe faltando. Nada está faltando a ninguém. Pela própria natureza das coisas, nada pode estar nos faltando. Nós somos parte de Deus e ele é parte de nós. Não tem jeito, não há possibilidade de estar faltando algo. Como você pode escapar de si mesma? Para onde for, você permanecerá você mesma. Mesmo no inferno, você continuará sendo você, porque não é possível escapar de si mesma, não é possível escapar de Deus.
Ele está ali esperando pacientemente que você olhe para dentro.

Você me pergunta:
Por que eu estou sentindo que deveria ser algo a mais?

Foi-lhe dito repetidas vezes: ‘Seja alguém! Veja Goutama Buda, Krishna, Cristo. Seja um Buda, um Krishna, um Cristo.’ Daí, certamente você morrerá na miséria, angustiada, completamente frustrada, chorando aos prantos, porque você não consegue ser um Buda. Você não está aqui para ser um Buda! Você não consegue ser um Cristo ou um Krishna. Você somente consegue ser você mesma.
Um grande Mestre hassid, Zusya, estava morrendo. As pessoas se juntaram, discípulos e simpatizantes. Um homem idoso perguntou. ‘Zusya, logo você estará face a face diante de Deus, pois você está morrendo, e, quando estiver diante dele, você será capaz de lhe dizer que seguiu Moisés absolutamente, verdadeiramente?’
Zusya abriu seus olhos e estas foram as suas últimas palavras. Ele disse, ‘Pare de falar tolices! Deus não irá me perguntar, ‘Zusya, por que você não foi um Moisés?’ Ele me perguntará, ‘Zusya, por que você não foi um Zusya?’
Você tem que ser justamente você mesmo e ninguém mais. Na verdade isto é o que significa natureza búdica: ser você mesmo.

Isto é o que significa consciência crística: simplesmente ser você mesmo. Buda não é uma imitação de alguma outra pessoa. Você acha que antes dele não existiram muitos grandes homens? Devem ter dito a ele, ‘Seja um Krishna! Seja um Parshwanatha! Seja um Adinatha!’ Ele deve ter ouvido belas histórias e mitologias. Ele deve ter lido Puranas, as histórias antigas a respeito de grandes homens como Rama, Krishna, Parushrama. Ele deve ter ouvido tudo, deve ter recebido a herança. Mas ele nunca tentou ser outra pessoa. Ele queria ser ele mesmo, queria saber quem ele era. Ele nunca se tornou um imitador. É por isto que um dia ele se tornou iluminado.
Jesus nunca tentou ser Abraão, Moisés ou Ezequiel. Jesus simplesmente tentou ser ele mesmo. Este foi seu crime, por isto ele foi crucificado. As mesmas pessoas que crucificaram Jesus iriam adorá-lo se ele fosse apenas um imitador, uma cópia de Moisés. Se ele fosse um gravador repetindo os Dez Mandamentos, os judeus o teriam adorado. Mas eles tiveram que crucificar o homem, ele era apenas ele mesmo.
A sociedade apodrecida, a multidão, a mente das massas não conseguem tolerar os indivíduos. É impossível para eles tolerar um Sócrates. Vocês sabem por qual crime Sócrates foi acusado? Exatamente a mesma coisa que dizem a meu respeito. A acusação contra Sócrates é de que ele costumava corromper a mente da juventude. É exatamente o que meus inimigos dizem: que eu estou corrompendo a mente das pessoas, em particular a mente dos jovens.
E Sócrates estava corrompendo a mente dos jovens? Ele estava tentando despertar a inteligência deles, mas a sociedade ficou com medo. Se muitas pessoas se tornassem autênticas e verdadeiras, isso colocaria em perigo os interesses ocultos, eles não conseguiriam mais dirigir as pessoas como gado. E isto é o que os sacerdotes gostam de fazer e os políticos também.
Existe uma conspiração entre os sacerdotes e os políticos para explorar as pessoas, para dominá-las, para oprimi-las. E o mais fundamental é: nunca permita que elas se tornem inteligentes. Dê a elas um substituto. O que é um substituto para a inteligência? A intelectualidade. Dê educação para elas, mande-as para a escola, para os colégios, para as universidades e torne-as intelectuais.
Vocês conhecem universidades que criam inteligências? Elas criam intelectuais, criam eruditos, pessoas que conhecem as escrituras, mas elas não criam pessoas inteligentes. Elas servem à sociedade. O sistema educacional foi inventado por esta sociedade apodrecida para servir aos seus próprios propósitos. Ele não existe para ajudar você, ele existe para manter você na escravidão.
Dhyana Yogi, Eu não posso ajudá-la a deixar essa besteira de lado. Eu só posso ajudá-la a ser mais consciente. E se você se tornar mais consciente, essas besteiras serão abandonadas naturalmente. Um dia, de repente, você perceberá que estão desaparecendo... De repente. Na medida em que a consciência se aprofunda, todo o lixo desaparece, da mesma maneira como a escuridão desaparece quando você traz a luz.
Buda diz: ‘Torne-se mais consciente e a luz começará a jorrar... ais dhammo sanantano.”

OSHO - The Book of the Books - Volume I - Discourse n. 6 – pergunta n° 3
Palestras sobre O Dhammapada, de Gautama, o Buda
tradução: Sw.Bodhi Champak

Copyright © 2006 OSHO INTERNATIONAL FOUNDATION, Suiça.
Todos os direitos reservados

AUDIÇÃO DIÁRIA: Dave brubeck



Jazz Goes To College

Notes

Tracks 1,4-7 recorded Mar 1954 at the University of Michigan, Ann Arbor. Track 2 recorded Mar 1954 at the University of Cincinnati, Ohio. Track 3 recorded Mar 1954 at Oberlin College, Ohio.
Label and catalogue number

* Columbia CL 566 (mono, 12", 1954)
* Columbia CL 6321 (mono, 10", 1954)
* Columbia CS 8631 (stereo, 1954)
* Sony/CBS 465682 (UK reissue 1989)
* Sony/CBS Legacy CK 45149 (US CD reissue)

Personnel

* Dave Brubeck (piano)
* Paul Desmond (alto sax)
* Bob Bates (bass)
* Joe Dodge (drums)

Tracks

* Balcony Rock (Brubeck-Desmond) 11'55"
* Out Of Nowhere (Heyman-Green) 8'04"
* Le Souk (Brubeck-Desmond) 4'36"
* Take The "A" Train (Strayhorn) 6'11"
* The Song Is You (Hammerstein-Kern) 5'38"
* Don't Worry 'Bout Me (Koehler-Bloom) 8'47"
* I Want To Be Happy (Caesar-Youmans) 6'36

This page last updated: 1996.07.25

AUDIÇÃO DIÁRIA: Dave brubeck



The Great Concerts: Amsterdam/Copenhagen/Carnegie Hall

Notes

A re-issue selection from three earlier albums: #1-4 from Carnegie Hall, recorded February 1963. #5-6 from Brubeck in Amsterdam, recorded December 1963. #7-9 from DBQ In Europe (Copenhagen), recorded March 1957.
Label and catalogue number

* Sony/CBS 462403 (1988 UK reissue)
* Sony/CBS Legacy CK 44215 (1988 CD reissue)

Personnel

* Dave Brubeck (piano)
* Paul Desmond (alto sax)
* Eugene Wright (bass)
* Joe Morello (drums)

Tracks

* Pennies From Heaven (Burke-Johnston) 9'49"
* For All We Know (Lewis-Coots) 9'25"
* Blue Rondo a La Turk (Brubeck) 11'59"
* Take Five (Desmond) 6'15"
* Take The "A" Train (Strayhorn) 5'09"
* The Real Ambassador (Brubeck-Brubeck) 7'13"
* Wonderful Copenhagen (Loesser) 5'23"
* Like Someone In Love (Burke-Van Heusen) 7'11"
* Tangerine (Mercer-Schertzinger) 10'16"

This page last updated: 1996.07.25

AUDIÇÃO DIÁRIA: Dave brubeck



Dave Brubeck In Moscow (Volumes 1 and 2)

Notes

These two volumes were recorded live in Moscow in 1987. Released in 1990 on the Russian state record label Melodia. Highlights from the concert are also available on the Concord label - Moscow Night. Complete information on release of tracks from this concert is available as a WordPerfect document (WP version 5.1, 10kb).
Label and catalogue number

* Melodia C60 30193 007 (USSR, volume 1)
* Melodia C60 30195 001 (USSR, volume 2)

Personnel

* Dave Brubeck (piano)
* Bill Smith (clarinet)
* Chris Brubeck (bass, trombone)
* Randy Jones (drums)

Tracks

* Give me a hit (Drubeck) 8'15"
* Theme for June (H Brubeck) 10'45"
* Some day my prince will come (Churchill) 7'05"
* Blues for Newport (Brubeck) 8'35"
* King for a day (Brubeck) 3'35"
* Unsquare dance (Brubeck) 6'30"
* These foolish things (Strachey-Kahn) 4'45"
* Pange lingua march (Brubeck) 11'00"
* Koto song (Brubeck) 9'35"
* Take five (Desmond) 12'40"

AUDIÇÃO DIÁRIA: Dave brubeck


Quiet As The Moon

Notes

Tunes for the Charlie Brown cartoon soundtrack, recorded on 20-21 September 1988 in San Francisco, 27 December 1989 in New York, and 8 May 1991 in San Francisco. Track 7 (Benjamin) also appears on a compilation album called Happy Anniversary, Charlie Brown, issued by GRP (GRD-9596).
Label and catalogue number

* Limelight 820845 (UK issue)
* MusicMasters 65067 (1991 US issue)

Personnel

* Dave Brubeck (piano)
* Bobby Militello (flute, alto sax, tenor sax)
* Matthew Brubeck (cello)
* Jack Six (bass)
* Chris Brubeck (elec bass, bass trombone)
* Randy Jones / Dan Brubeck (drums)

Tracks

* Bicycle built for two (Dacre) 3'31"
* Linus and Lucy (Guaraldi) 4'52"
* Forty Days (Brubeck) 6'48"
* When I was a child (Brubeck) 6'27"
* Quiet as the moon (Brubeck) 5'16"
* Cast your fate to the wind (Guaraldi) 5'28"
* Benjamin (Brubeck) 3'46"
* Looking at a rainbow (Brubeck) 3'43"
* The desert and the parched land (Brubeck) 5'17"
* Travelin' Blues (Brubeck) 8'22"
* Unisphere (Brubeck) 3'19"
* When you wish upon a star (Washington-Harline) 7'18"

sábado, 5 de maio de 2007

1000 LUGARES PARA VISITAR ANTES DE MORRER: Porto de Galinha/PE




O Lugar
Um paraíso de águas cristalinas e piscinas naturais. Localizada no município de Ipojuca, a aproximadamente 53 km de Recife, Porto de Galinhas é um dos maiores pólos turísticos do litoral sul pernambucano. Em Porto, como os pernambucanos gostam de chamar, existem opções para todos os gostos. Lá você encontra variedade de restaurantes, bares e lanchonetes onde você pode escolher o que desejar: frutos do mar, sushi japonês, massa italiana ou pratos preparados com molhos de frutas, raízes da região, etc. Falando de lazer então, são praias e praias, surf, mergulho, passeios de barco, passeios de buggy, ...

Com a chegada do verão, férias, sol e mar, Porto de Galinhas fica ainda mais agitada. É uma das mais belas praias do Nordeste brasileiro graças às belezas naturais : piscinas de águas claras e mornas formadas entre corais, estuários, mangues, coqueirais e tantas outras. Muitos bares, pousadas e restaurantes dão apoio aos milhares de visitantes em quase todas as épocas do ano.

O nome "Porto de Galinhas" vem de muito tempo atrás. Porto de Galinhas era chamada Porto Rico, devido à extração de Pau Brasil. No local, escravos eram contrabandeados e vinham escondidos embaixo de engradados de galinhas d'angola nos navios. A chegada dos escravos na beira mar era anunciada pela senha "Tem galinha nova no Porto!". Por causa disso, Porto Rico ficou conhecida como Porto das "galinhas".


Informações úteis

COMO CHEGAR

Pode-se chegar a Porto de Galinhas através de transporte regular de ônibus, de carro ou através de veículos das agências de turismo.

POSTO DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS EM PORTO DE GALINHAS
Fone : (81) 3552-1728 / 3552-1480

DE CARRO :
Partindo de Recife via BR-101 SUL / PE-060 / PE-038 / PE-09 ( 65 km aproximadamente)

DE ÔNIBUS :
Ônibus fazem o percurso Recife-Porto de Galinhas com circulação iniciando logo às 6:30h da manhã, com saídas de hora em hora e término no final da tarde, por volta das 17h. A saída dos ônibus é do terminal da Avenida Dantas Barreto, no centro do Recife, porém no trajeto os veículos passam em frente ao Aeroporto Internacional dos Guararapes

TRASLADO AEROPORTO/HOTÉIS :
Para um grupo de turistas, uma boa opção é contratar os serviços de traslados nas agências de turismo.

LOCADORA DE VEÍCULOS :

ISAMAR RENT A CAR - Fone : (81) 35522300

JL TURISMO - Fone : (81) 35521536


Principais Atrações
Quem chega ao balneário tem opção de lazer o dia inteiro. De manhã, a beleza do mar, com as famosas piscinas naturais de águas cristalinas e, de quebra, ainda é possível dar uma chegada nas praias vizinhas de Muro Alto e Maracaípe, reduto dos surfistas. À tarde ou à noite, a vila central da praia fica lotada de pessoas querendo aproveitar os vários bares e restaurantes, a Villa de Todos os Santos, uma rua só de bares e restaurantes localizada na vizinha Praia de Maracaípe, além das lojas de artesanato no centro de Porto de Galinhas. No centro de Porto de Galinhas ou até mesmo nos hotéis e pousadas é possível agendar passeios de barco e de Buggy percorrendo praias, piscinas naturais, o belíssimo pontal de Maracaípe, etc.
Confira as praias e atrações !

Onde Ficar



Para abrigar um número cada vez maior de visitantes, Porto de Galinhas dispõe de poucos hotéis e um número incontável de pousadas, chalés, além de área de camping.
Área de Camping: Área Verde Fone: 81- 35521177 (Everaldo)

Nannai Beach Resort fica a apenas 54km do Recife e a 9 quilômetros de Porto de Galinhas, na praia de Muro Alto, litoral sul de Pernambuco. Cercado por três mil coqueiros, manguezais e reserva de Mata Atlântica, é um exuberante jardim tropical à beira-mar. O Nannai Beach Resort conta com uma completa rede de serviços, de padrão internacional, em que se destacam bares incríveis (inclusive na piscina), delicioso restaurante, salão de jogos, quadra de tênis (a partir de janeiro), esportes náuticos, área de recreação, fitness center, sauna, passeios de buggy, coffee shop, room service, serviço de praia e heliponto (a partir de dezembro).

Onde Comer
É possível encontrar restaurantes e lanchonetes que oferecem desde pizza e picanha até pratos exóticos. Para os jovens, sorvetes, sushis, crepes e boates como Downtown Pub e boates itinerantes que se instalam nas altas temporadas. Para o público adulto, bons restaurantes como o Beijupirá que faz parte dos Restaurantes da Boa Lembrança, o Bico Verde, à beira-mar, além dos regionais localizados na Villa de Todos os Santos. Uma verdadeira farra gastronômica. Confira !



Beijupirá é o rei dos peixes, reza a tradição indígena. Não vive em cardumes, nem é pescado em quantidade. Diz a lenda que aquele que pesca um beijupirá deve hastear uma bandeira vermelha ou branca anunciando a honra de tê-lo pescado, saboreando-o com os amigos e dividindo assim a sua sorte. Receitas maravilhosas que misturam o poderoso peixe com frutas tropicais e especiarias, é a criativa proposta do "Restaurante Beijupirá", em Porto de Galinhas. Pratos como o Beijupitanga (filé de peixe, batata temperada, arroz de castanha e molho de pitanga), Beijucastanha (filé de peixe coberto com manteiga de castanha, arroz de espinafre e batata flambada) e o Beijucanela demostram no paladar de quem os degusta o prodigioso sabor de Pernambuco.

PRINCIPAIS PRAIAS

Porto de Galinhas



Tem fama de ser uma das mais belas praias do Nordeste brasileiro graças às belezas naturais : piscinas de águas claras e mornas formadas entre corais, estuários, mangues, coqueirais e tantas outras. Na parte central da vila, muitos consideram a melhor parte para banho.

Muro Alto



Praia vizinha à Porto. Uma grande piscina natural formada por recifes de 2,5 Km de extensão. Grandes hotéis e resorts estão instalados nesta maravilhosa praia. Acesso pela praia de buggy que pode ser alugado em Porto de Galinhas ou pela rodovia dos hotéis e resorts. A praia de Muro Alto teve seu nome originado de um paredão de areia com coqueiros que existem na região. Conhecida por ser um verdadeiro cartão postal e de deixar qualquer turista encantado, a praia é formada por arrecifes que compõem uma belíssima piscina natural. O local é bem solicitado por quem procura paz e tranqüilidade para entrar em harmonia com a natureza.

Maracaípe



Praia vizinha à Porto, de ondas fortíssimas, chegando a sediar etapas do Circuito Brasileiro de Surfe. Muito freqüentada por surfistas. Vizinha à Porto de Galinhas. A praia possui pousadas, bares e restaurantes.

Villa de Todos os Santos


Pizzas, saladas, grelhados, ensopados, natural, energéticos, artesanato e sorvetes DIVINOS! Sem dúvida, esta Vila é o ponto mais legal e gostoso da Praia de Maracaípe, vizinha à Porto de Galinhas. Na Villa, diversos bares com opções distintas para cada gosto. Vale a pena curtir um final de tarde em um dos barzinhos ou à noite.

Passeios

Passeio de Jangada : Você pode começar com um passeio de jangada a motor pelo manguezal, curtindo belas paisagens e a natureza de Porto. Após uma hora e meia, vale a pena fazer uma parada na beira da praia. Você pode sentar numa das barracas para comer e beber, ao mesmo tempo em que curte o mar e a movimentação.

Passeio de Buggy : Um passeio de Buggy de ponta a ponta é a melhor "pedida". É hora de conhecer os limites das praias de Ipojuca. Depois de duas horas de aventura, você é quem escolhe o restaurante para degustação dos saborosos pratos das cozinhas de Porto de Galinhas. O buggy pode ser alugado em Porto de Galinhas ou através de hotéis e pousadas.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

RESPOSTAS ÀS SUAS PERGUNTAS....




Pode a tecnologia criar uma grande barreira para o nosso crescimento espiritual?


Muitas pessoas no ocidente estão engajadas na criação de uma ciência ou de uma tecnologia da iluminação. A necessidade certamente existe. É irresponsável se engajar em sua criação sem ter alcançado o estado de iluminação?
É o método Arica um enfoque válido?



"A primeira coisa e a mais fundamental a ser lembrada é que a iluminação não pode nunca ter uma tecnologia. Por sua própria natureza é impossível. Mas o ocidente é obcecado com tecnologia, assim qualquer coisa que surge nas mãos do ocidente, ele começa a reduzí-lo a uma tecnologia.
A tecnologia é uma obcessão. Para o mundo exterior, a ciência é um enfoque válido, mas parcial, não total; não o único enfoque, mas somente um dos enfoques. A poesia é tão válida quanto a ciência.

A ciência é conhecimento sem amor e esse é o perigo dela. Porque é conhecimento sem amor, está sempre a serviço da morte e nunca a serviço da vida. Portanto, todo o progresso da ciência é levar o ser humano para um suicídio global. No dia em que o ser humano cometer suicídio -- a Terceira Guerra Mundial -- as baratas pensarão, “Nós somos aqueles mais aptos para a sobrevivência.” Algum Darwin, alguma barata-Darwin, provará, `Que nós somos os mais aptos porque nós sobrevivemos; a sobrevivência do mais apto.'

O homem cometeu suicídio; destruiu a si mesmo. O conhecimento sem amor é perigoso, porque em sua própria raiz está o veneno.

O amor mantem o contrapeso, nunca permite que o conhecimento vá longe em demasia, assim nunca se torna destrutivo. A ciência é conhecimento sem amor; este é seu perigo. Mas este é um dos enfoques válidos: o objeto, o material, pode ser conhecido sem amor -- não há nenhuma necessidade. Mas a vida não é somente matéria. A vida difundida como algo tremendamente transcendental. Esse transcendental está faltando. E então a ciência, pouco a pouco, torna-se automaticamente em uma tecnologia. Torna-se mecânica. Mais e mais torna-se um meio de explorar a natureza, de manipular a natureza. O verdadeiro começo da ciência foi com essa idéia: como conquistar a natureza. Esta idéia é tola.

Nós não somos separados da natureza; como podemos conquistá-la? Nós somos a natureza, assim quem está conquistando quem? É um absurdo. Com este absurdo, a ciência tem destruído muito: toda a natureza é destruída, o clima é envenenado, o ar, a água, os mares, tudo poluído. Toda a harmonia está morrendo, o ecologia está sendo destruída continuamente. Por favor lembre-se -- isto é suficiente, mais do que suficiente.

Não torne a ciência para dentro. Se a aplicação da metodologia científica tem sido tão devastadora para a natureza exterior, vai ser mais devastadora ainda para a natureza interior -- porque você se está movendo para o mais sutil. Mesmo para a natureza exterior, um tipo diferente do conhecimento é necessário o qual deve ser enraizado no amor; mas para o núcleo mais interno de seu ser, o mais sutil, o transcendental, conhecimento não é de jeito nenhum necessário. A inocência é necessária. A inocência com amor -- então você conhecerá o interior, então você conhecerá o interior de seu ser, a subjetividade.

Mas o ocidente é obcecado com tecnologia. Parece que a tecnologia é bem sucedida na natureza: nós nos tornamo mais poderosos. Nós não nos tornamos mais poderosos! Toda a idéia é só uma falácia; nós não nos tornamos mais poderosos. Nós estamos nos tornando mais fracos a cada dia porque os recursos naturais estão se esgotando. Mais cedo ou mais tarde a terra estará vazia, ele não proverá mais nada. Nós não estamos nos tornando poderosos, nós estamos nos transformando dia após dia mais fracos e mais fracos e mais fracos. Nós estamos em nossa cama de morte. A humanidade não pode sobreviver, a maneira que se tem comportado com natureza, por mais de cinqüênta anos, sessenta anos, ou, no mais tardar, cem anos -- o que não é nada. Se a Terceira Guerra Mundial não acontecer, então nós estaremos cometendo um lento suicídio. Dentro de cem anos, nós teremos ido embora. Nem mesmo um leve traço será deixado.

E o homem não será o primeiro a desaparecer. Muitos outros animais, animais muito fortes, desapareceram da terra. Eles andavam na terra, eles eram os reis da terra, maiores que o elefante. Eles já não existem em nenhum lugar. Eles pensaram que tinham se tornado muito poderosos. Eram enormes, com uma energia tremenda, mas então a terra não pode mais fornecer alimento para eles. Começaram a tornar-se maiores e maiores e maiores; então um momento veio quando a terra não podia mais fornecer comida para eles. Tiveram que morrer.

O mesmo está acontecendo com homem: o homem pensa que está se tornando mais e mais poderoso, pode alcançar a lua; mas está destruindo a terra. Está destruindo a toda a possibilidade de vida futura. Lentamente, a humanidade está desaparecendo. Por favor, não volte sua tecnologia para o interior; você já fez muito mal. Iluminação não pode ser reduzida a uma tecnologia.

Assim a primeira coisa: a viagem interior é da inocência, não do conhecimento; certamente não é da ciência, absolutamente não é da tecnologia. É mais do amor, da inocência, do silêncio. A meditação não é realmente uma técnica . Porque você não pode compreender nada sem uma técnica, Eu tenho que falar em termos de técnica. Mas, meditação não é técnica de jeito nenhum. Meditação não é nada que você possa fazer. Meditação é algo que acontece a você, do mesmo jeito que o amor. Meditação é algo em que você pode ser, mas você não pode fazer. O fazer cessa.

Como pode haver uma tecnologia para o não-fazer? A tecnologia é relevante com o fazer; você tem que fazer algo. A meditação não é algo que você faça. É somente quando seu fazedor se foi e você está totalmente relaxado, não fazendo nada, em um profundo deixar-se ir, descansado… pode haver meditação, então a meditação floresce. É o florescimento do seu ser. Não tem nada a ver com tornar-se. Não é uma realização, ela não é uma melhoria; é apenas ser aquilo que você já é. Que técnica pode ser necessária?

As pessoas são tolas; por isso é que as técnicas têm que ser anunciadas. Se você compreender, nada é necessário. Apenas sendo silencioso e apenas sendo você mesmo, não se movendo em nenhuma direção, não se movendo de jeito nenhum e você perceberá a benção, a meditação. Quando esta meditação se transformar em um fluxo tão espontâneo que você não precise nem mesmo se sentar em alguma postura para estar nela, que você não precise nem encontrar um pequeno canto na casa onde ninguém o perturba, quando no mercado mundano ela também estiver lá -- falando, andando, fazendo, comendo, ela está lá -- quando ela estiver sempre lá, mesmo quando você estiver dormindo ela está lá, você vai sentindo ela, ela continua como a respiração, ou a batida do coração, é o que Kabir chama de sahaj samadhi, êxtase espontâneo. Não precisa de nenhuma técnica. Precisa apenas de espontaneidade, precisa apenas de naturalidade, precisa apenas de simplicidade.

Assim eu digo a você: Abençoados são os ignorantes, porque deles é o reino dos céus. Torne-se inocente e torne-se ignorante. Não seja um sabichão.

Mas no ocidente isto está acontecendo. Agora eles estão tentando manipular a mente, eles estão tentando criar mecanismos para manipular a mente. Isto será bem mais perigoso do que a ciência. Isto vai ser mais perigoso, porque uma vez que você saiba como manipular a mente do homem, você o reduzirá a um autômata: isto é o que vai acontecer.
Uma vez que você sabe que o homem e sua mente podem ser manipulados, manipulados totalmente, então toda a liberdade terá desaparecido, todo a individualidade terá desaparecido. Então os eletrôdos podem ser postos em sua cabeça sem seu você nunca ter conhecimento, e você pode ser manipulado de Deli, de Moscou, de Washington, do Capitol. Apenas por ondas de rádio você pode ser manipulado. O país inteiro pode ser cmado e ninguém verá a ordem vir de qualquer lugar -- virá de dentro de você. Um eletrôdo está lá; apenas com ondas de rádio você pode ser comandado, e você segui-lo-á automaticamente. Toda a liberdade terá desaparecido. Você pode ser hipnotizado a qualquer momento. Você pode ser posto em uma alucinação e você acreditará nela; será real -- e estará vindo de dentro de você.

Então de Deli, de Moscou, de Washington, de Londres, das capitais…. Não há nenhuma necessidade manter polícias e nenhuma necessidade manter um juíz: isto é muito caro e anti-econômico.Eles são como carros de boi -- nenhuma necessidade. A melhor tecnologia estará disponível; nenhuma necessidade de manter todas estas pessoas para policiar, nenhuma necessidade nem mesmo de padres para ensinar a moralidade e a religião. Apenas da capital as ordens podem ser dadas: que vocês são todos felizes -- e vocês se sentirão felizes; que vocês todos estão contentes -- e você se sentirá satisfeito. Você pode estar em seus últimos momentos, sofrendo, mas se a ordem vier que você está feliz e não há nenhuma morte, você acreditará que você é feliz e não há nenhuma morte. E isto estará vindo de dentro de você.

É isto que Delgado propõe fazer algum dia, e diz: “Então o ser humano será feliz. Ninguém será infeliz.” Mas esta felicidade não será felicidade verdadeira.

Então há mecanismos pelos quais ondas alfa podem ser criadas em sua mente, apenas por estimulação elétrica. Isto é perigoso, porque isto não permitirá que você conheça a realidade. E estas ondas alfa serão oriundas do exterior; não serão verdadeiras, eles não serão reais. E Deus desaparecerá. Então não há nenhuma necessidade para Deus. Você não é infeliz, então para que buscar a felicidade? E você acreditará no dogma -- qualquer dogma que esteja lá, dado por seus políticos e por seus padres, clérigos, pastores -- você acreditará no dogma, você acreditará absolutamente no dogma, e não haverá nenhuma dúvida. O ceticismo desaparecerá. Este é um passo perigoso.

A meditação não deve ser reduzida a uma tecnologia, e a iluminação não pode ser reduzida.

E a iluminação significa consciência, estar testemunhando. A iluminação não é nem do corpo nem da mente. É do além. O corpo pode ser manipulado por mecanismos, a mente pode ser manipulada por mecanismos, mas sua alma está além e não pode ser manipulada por nenhum mecanismo qualquer.

Você pergunta, Muitas pessoas no ocidente estão engajadas na criação de uma ciência ou de uma tecnologia para a iluminação. Estas pessoas são criminosas. São pessoas perigosas; evite-as. Estas mesmas pessoas estavam engajadas em criar tecnologias duzentos anos atrás. Destruíram a natureza, agora elas estão se voltando para a consciência. Elas destruirão isso também.

Agora há um movimento no mundo inteiro para proteger a ecologia da natureza, a naturalidade da natureza. Mas é muito tarde realmente. Agora nada pode ser feito, nada de significativo pode ser feito. E estas pessoas que propagam ser em favor da ecologia parecem ser eco-fanáticos, uma outra espécie de testemunhas de Jeová -- fanáticos, lutando desesperadamente com algo que parece impossível. Antes que a praga da tecnologia se volte para a consciência do ser humano, páre-a. Páre-a na semente.

E você diz, A necessidade está lá certamente.
Não é certo não. Não há nenhuma necessidade. “Mas como você vê a possibilidade?” Não há nenhuma possibilidade tampouco. Mas o homem é perigoso: o mais impossível uma coisa, mais ele se torna atraído e desafiado. É isso que Edmund Hillary disse quando chegou no pico do Everest. Alguém lhe perguntou que, “Por que você se esforçou para realizar esta empreitada? Que é o significado? Porque?” Edmund Hillary disse, “Eu tinha que fazê-lo, porque o Everest está lá. Porque ele está lá, eu tive que fazê-lo. Ele está lá como um desafio.” Qualquer coisa inconquistável é um desafio ao ego do homem. Não há nenhuma possibilidade; naturalmente, nunca acontecerá -- mas esta mesma impossibilidade pode se transformar em um desafio para estas pessoas loucas, obcecadas que querem reduzir tudo a uma técnica. Eles não podem criar uma tecnologia da iluminação. Isso não é possível de forma alguma, pela própria natureza da realidade. Mas eles podem sim criar uma tecnologia que possa manipular a mente e mesmo iludirem as pessoas e criarem a ilusão da iluminação do espírito.

É isto que está acontecendo com as drogas: as drogas transformaram-se uma tecnologia da iluminação. E o guru das drogas, Ginsberg, vai falando como se todos os místicos do mundo dissessem as mesmas coisas, ele vem tentando dar a mesma visão que o LSD pode dar, ou o psilocibina, ou a maconha. É absurdo. Nenhuma droga pode conduzir-lhe à iluminação, mas as drogas podem criar uma ilusão da iluminação.

Ele é irresponsável ao se engajar em sua criação sem ter alcançado o estado de iluminação?

Somente as pessoas que não se realizaram podem tentá-lo. Aqueles que vieram a se realizar não podem mesmo nem pensar na possibilidade. E é irresponsabilidade sim.

O método Arica vem a ser pelo menos uma aproximação válida?

O método de Arica é tecnologia, técnicas, conhecimento sem amor -- e daí o perigo. Ele vai transformar as pessoas em robôs.

Lembre-se sempre, a liberdade é o objetivo; moksha, liberdade absoluta é o objetivo. Você pode transformar seres humanos em robôs; eles serão bem menos miseráveis. De fato, se você se transformar em um perfeito robô, como você pode ser miserável? Uma máquina nunca é miserável; e claro, nunca feliz também, mas nunca miserável. Os métodos de Arica, ou todos os métodos que existirem sem amor, são perigosos. E nisto é outra vez muito difícil fazer uma distinção -- porque o mesmo método pode ser usado com amor e então ele é significativo; e o mesmo método pode ser usado sem amor e torna-se perigoso. E é muito difícil ver de fora se o método está sendo usado com amor ou sem amor.

Os métodos Arica foram escolhidos de escolas diferentes: Sufi, Gurdjieff, Tibetano, Indiano, Japonês. É ecléctico. De todo o mundo, eles escolheram técnicas. Em primeiro lugar, as técnicas são escolhidas de escolas diferentes; não há uma harmonia neles, lá há nenhum centro neles. É como uma coisa empilhada -- um monte de gente, uma multidão, não uma família -- porque as técnicas vêm de escolas diferentes.

Uma técnica Sufi está fadada a ser diferente de uma técnica Zen. Ambas funcionam, ambas trabalham, mas trabalham em seu próprio sistema. Não podem trabalhar fora do sistema. É como se você tentar pegar uma parte de um carro e tentar encaixar em um outro carro de um fabricantes diferente. E então não funciona e você fica estupefato: “porque não funcionou?” Funcionava no primeiro carro; havia uma harmonia, ele foi criado para aquele carro. Um método Zen funciona em uma filosofia Zen; palavras de um método Sufi em uma filosofia Sufi; um método tibetano funciona com o Buddhism esotérico oculto tibetano; um método da Yoga funciona com o sistema de Patanjali. Você não pode apenas escolher métodos de qualquer lugar, se não você pode fazer um carro com algumas peças do Rolls Royce, algumas do Lincoln, algumas do Cadillac, e algumas do Fiat -- e você vai montando partes de todo lugar. Você pode ser perigoso…. Não está indo a lugar algum em primeiro lugar e você é afortunado se não se mexer. Se se mover? -- então você se torna mais infeliz.

A segunda coisa: não há nenhum amor, porque não há nenhum centro -- e o amor surge somente do centro. Esta coleção de tantos métodos não é sem alma, não há nenhuma alma nela. Desta forma você pode se tornar muito, muito eficiente nos métodos, no entanto você verá que seu coração não está florescendo. Você tornar-se-á eficiente, mas você não se tornará extático. Você pode se tornar menos infeliz, você pode estar menos tenso, você pode tornar-se mais capaz de controlar a si mesmo, você pode ter um ego mais forte, mas você não terá uma alma.

Os métodos são todos válidos tomados em seu próprio contexto. Mas Arica não tem ainda nenhuma filosofia, ele não tem nenhuma harmonia. E esta não é uma maneira criar uma harmonia; a maneira é na verdade oposta. De fato, o Budismo nasceu quando Buda se iluminou. O centro veio primeiro e então ele começou a criar alguns métodos para ajudar as pessoas que não eram iluminadas ainda, ajudá-las a alcançarem o centro que ele tinha conseguido alcançar. O centro veio primeiro, depois a periferia.

Assim aconteceu com Jalaluddin Rumi, tornou-se iluminado primeiro e quando se iluminou estava dançando, ele estava girando -- não para se iluminar; ele não sabia nada sobre isto. Ele se deliciava em girar com intensidade e se sentia muito calmo. Foi uma coincidência. Quando estava girando iluminou-se. Quando se iluminou, começou a pensar como ajudar as pessoas; o centro veio primeiro. Então ele começou com os métodos de Sufi. O mesmo foi o caso de Patanjali.

Com Arica, isto é totalmente diferente. Não há nenhum ser iluminado no centro; e claro, uma pessoa muito esperta que coletou muitos métodos de muitas fontes e muitas direções e tradições -- mas não há nenhum centro. É somente periferia. Assim as pessoas que vão para Arica, mais cedo ou mais tarde, estarão parados. Levarão um tempo e irão até um certo ponto, mas de repente você verá: não haverá nenhum crescimento. E você ficará seco, como um deserto… porque a menos que o amor flua, as flores nunca vêm, árvores não crescem, rios não fluem.

O supremo florescer é sempre o do amor."


Osho, excerpted from Path of Love, chapter 2

quinta-feira, 3 de maio de 2007

AUDIÇÃO DIÁRIA: Dave Brubeck



Dave Brubeck : 1975: Duets (with Paul Desmond)

rubeck and Desmond had reunited many times since the alto saxophonist left the Brubeck quartet in 1968, but this 1975 album was unique. For the first time, they recorded alone together. The results are beautiful, lyrical jazz by two men who had been collaborating since the late '40s.
Packaged in a miniature LP jacket with original artwork in a resealable plastic envelope.

Track Listing
CD1
1.Alice in Wonderland
2.These Foolish Things
3.Blue Dove
4.Stardust
5.Koto Song
6.Balcony Rock
7.Summer Song
8.You Go to My Head

1000 LUGARES PARA VISITAR ANTES DE MORRER: Oficina Brennand/PE




A Oficina Brennand surge em 1971 nas ruínas de uma olaria do início do século XX, como materialização de um projeto obstinado e sem trégua do artista Francisco Brennand. Antiga fábrica de tijolos e telhas herdada de seu pai, instalada nas terras do Engenho Santos Cosme e Damião, no bairro histórico da Várzea, e cercada por remanescentes da Mata Atlântica e pelas águas do Rio Capibaribe, a Cerâmica São João tornou-se fonte inspiradora e depositária da história do artista pernambucano.

Lugar único no mundo, a Oficina Brennand constitui-se num conjunto arquitetônico monumental de grande originalidade, em constante processo de mutação, onde a obra se associa à arquitetura para dar forma a um universo abissal, dionisíaco, subterrâneo, obscuro, sexual e religioso.

A presença do artista num trabalho contínuo de criação confere à Oficina um caráter inusitado, identificando-a como uma instituição intrinsecamente viva e com uma dinâmica que torna imprevisíveis os rumos da arquitetura e da obra.



FRANCISCO BRENNAND
"Mestre dos Sonhos"

Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand nasceu a 11 de junho de 1927, na cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco.

Em novembro de 1971, o artista começou a reconstruir a velha Cerâmica São João da Várzea, fundada pelo seu pai em 1917. Esse conjunto, encontrado em ruínas, deu início a um colossal projeto de esculturas cerâmicas que deveriam povoar os espaços internos e externos do ambiente.

Hoje, após mais de 34 anos de trabalho intenso e obsessivo, confrontamo-nos com esse complexo escultórico, cujo significado dá relevo a um sentido cosmogônico e, ao mesmo tempo, visionário de Francisco Brennand. O escritor e arquiteto Fernando de Barros Borba define as características da arte brennandiana como poucos o fizeram.

TEORIAS DO BIOCENTRUM: Bioenergética/Textos relacionados




Você tem fome de quê?

Desde o momento da fecundação, o bebê passa por várias fases de desenvolvimento, as quais vão determinar o seu caráter na fase adulta e conforme elas são vivenciadas e sentidas isto se refletirá na vida da pessoa.

Pode até não parecer, e também já faz tanto tempo, mas a forma como aconteceu nossa amamentação influencia na formação da nossa personalidade e em como é a nossa dinâmica no mundo.

O bebê quando nasce , nasce completamente dependente da sua mãe. Perante seus olhos, ele e a mãe são um só. Existe uma fusão total.O seio é o substituto do cordão umbilical e é através dele que a criança mantém seu contato com a mãe. Todos sabemos da importância do leite materno, que é um alimento completo para a criança. Mas, não se trata só disso.

Através da amamentação acontece um contato energético emocional que ocasiona satisfação, disponibilidade, aceitação e proteção ao bebê. Esse contato com a pele , depois com o olho, balbucio de palavras... vai criando toda uma relação de amor e proximidade essenciais para uma base emocional saudável. Isso é natural, o corpo da mãe deveria estar preparado porque é isso que o bebê precisa.

Em muitos casos, não é o que acontece. Porque qualquer estresse ocorrido nesta fase, seja: falta de disponibilidade da mãe, amamentação mecânica, desmame precoce ou tardio,etc... Acarretam um bloqueio tanto emocional quanto orgânico.O que pode ter sido conseqüência de uma depressão materna, rejeição inconsciente ou ainda uma perda real como morte ou abandono.

Nesse período da amamentação, está acontecendo a fase oral, que é um predomínio energético e funcional na região da boca. Se houver um excesso de estimulação ou a privação , essa energia vai ficar fixada na região da boca.

Então, na fase adulta, se resultar num caráter mais oral, aparecerá uma tendência a depressões, insegurança, dependência emocional. Se resultar num caráter mais rígido, serão pessoas controladoras, perfeccionistas e preocupadas com sua imagem.

Alguns outros sintomas também são característicos: distúrbios alimentares ( anorexia, bulimía, obesidade ), ansiedade, alcoolismo, uso de drogas, isolamento, dificuldade de contato, insatisfação contínua, bruxismo, etc...

Então, você tem fome de que? De amor, de contato, aceitação, satisfação, prazer. Se liga na tua história, vê como foi tua amamentação e o quanto isso pode estar influenciando tua vida, tuas escolhas, teus relacionamentos.





DEPOIMENTO

"Eu fui prematura de 6 meses e 25 dias e fiquei 2 meses numa incubadora. Minha mãe não teve leite para me dar. Me lembro muito pouco dessa época, o que sei minha mãe contou. Desde muito cedo tinha pouco contato com gente, quase nada. Vivia no meu mundo , o qual eu me sentia segura. Aos treze anos, comecei a fumar muito. Também acabei usando drogas e bebendo. Muitas vezes tenho a sensação de não me saciar e não me satisfazer com nada. Fico esperando que as coisas venham até mim, ao invés de ir atrás. Outra coisa que aconteceu na minha vida foi que sofri várias vezes de depressão e ao mesmo tempo posso ser uma pessoa extremamente rígida comigo e com os outros. Nos meus relacionamentos, posso ser bem dependente, esperando que o outro cuide de mim. Depois que comecei a fazer trabalho corporal, bioenergética, esses aspectos melhoraram bastante, aprendi a lidar com eles e comecei a buscar coisas novas na minha vida que me preenchessem."

fonte: http://www.namaste.com.br/terapia/artigos/vocetemfomedeque.htm